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Na semana passada, o Conselho de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu manter a Selic, que é a taxa básica de juros da economia nacional, em 13,75% ao ano.
A taxa nesse patamar é vista pelo governo e por muitos economistas como o principal entrave para que o país possa crescer.
Isso porque, explicando de uma maneira bem simples, os juros mais altos deixam as aplicações financeiras mais atraentes e os investidores preferem manter o dinheiro guardado, para garantir lucros, causando desindustrialização e baixo investimento empresarial, o que afeta diretamente emprego e renda.
Além disso, para a população, a taxa básica de juros alta significa crédito mais caro e, consequentemente, orçamento mais apertado e maior endividamento, restringindo o consumo das famílias.
A Anefac, que é a Associação Nacional de Executivos, fez algumas simulações para demonstrar como os juros afetam as principais modalidades de crédito.
Considerando o período de janeiro de 2021 a maio de 2023, período em que a Selic saltou de 2% ao ano para 13,75% ao ano.
Juros cobrados no cartão de crédito, no cheque especial, no financiamento de veículos e nos empréstimos pessoais em bancos e financeiras, entre outros, acabam ficando mais caro com a Selic mais alta.
Uma das simulações feitas pela Anefac dá uma ideia bem clara.
Para financiar em 12 vezes a compra de uma geladeira no valor de R$ 1500 reais, o consumidor pagava uma taxa mensal de juros de 4,66%, com a Selic de 2% ano. Ao final das 12 parcelas, o total pago pela geladeira era de R$ 1.992,10.
Com a Selic a 13,75%, o juro mensal sobe para 5,59%, a parcela encarece e vai a R$ 174,92 e, ao final, o consumidor desembolsa R$ 2.098,99 pela geladeira – uma diferença de R$ 106,89.