A crise sem precedentes da dengue no Brasil tem chamado a atenção da imprensa internacional, com veículos como o New York Times e o Washington Post destacando o avanço recorde de casos da doença e seu impacto na saúde global. Até meados de março de 2024, o país registrou quase 2 milhões de casos prováveis e confirmados, com 656 mortes confirmadas e 1.025 em observação, de acordo com o Ministério da Saúde.

O New York Times descreve a situação como um “prenúncio de uma crise de saúde para as Américas”, enquanto o Washington Post a chama de “impressionante” e um “alerta para o mundo”. Segundo epidemiologistas citados nas reportagens, a crise atual da dengue pode ser apenas o começo de um problema maior, especialmente com as mudanças climáticas impulsionando o alcance do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

O jornal britânico The Telegraph destaca o surto sem precedentes no Brasil, relatando que hospitais e médicos estão sobrecarregados, e pacientes em locais como Brasília estão enfrentando longas esperas por atendimento. A matéria alerta que a epidemia está se espalhando para áreas além das tradicionalmente afetadas.

O portal americano Vox classifica a velocidade do avanço da dengue como “sem precedentes” e um exemplo preocupante de como as mudanças climáticas e as tendências demográficas podem transformar um problema de saúde pública em uma crise global de saúde.

O jornal alemão Der Spiegel destaca o uso da bactéria Wolbachia para combater a dengue, inserida em mosquitos Aedes aegypti criados em laboratório e soltos na natureza para bloquear a transmissão da doença.

A crise de dengue no Brasil está sendo acompanhada de perto pela comunidade internacional de saúde, que vê nela um alerta para a necessidade de medidas urgentes e eficazes para prevenir e controlar a propagação da doença em todo o mundo.