Uma grave falha de segurança chocou a comunidade de São José dos Campos. Uma criança de apenas dois anos conseguiu fugir da Escola Municipal de Educação Infantil Mário Campaner, localizada no Jardim das Indústrias, na zona oeste da cidade, sem ser notada pelos servidores. O caso, ocorrido em 8 de maio, só não terminou em tragédia devido à intervenção de uma família que encontrou a criança vagando sozinha.

Por volta das 12h, durante o horário de saída, uma professora se ausentou para trocar um aluno, enquanto a outra ficou responsável pelas crianças. Em meio à agitação, a criança pegou sua mochila e lancheira, e saiu da escola sem ser vista. Ela atravessou o pátio e passou pelo porteiro, sendo notada apenas quando uma família a encontrou atravessando uma faixa de pedestres.

“Perguntaram ‘cadê a mamãe?’ e ele levantou as mãos dizendo ‘cadê mamãe?’. Eles então levaram meu filho de volta para a escola”, relatou o pai da criança.

Indignado, o pai afirmou que não recebeu apoio suficiente da Secretaria de Educação após o incidente, deixando seu filho inseguro. “Já falamos com a Secretaria da Educação, Conselho Tutelar e fizemos o boletim de ocorrência, mas parece que estão tentando fazer o caso cair no esquecimento”, disse ele.

A prefeitura de São José dos Campos minimizou o ocorrido, afirmando tratar-se de um caso isolado. A Secretaria de Educação e Cidadania disse ter reforçado orientações com a equipe gestora da unidade e abriu um processo para investigar o incidente. Contudo, o pai da criança expressou descontentamento com a resposta das autoridades e retirou seu filho da escola, denunciando a falta de apoio e a inadequação das medidas de segurança.

“Meu filho sempre gostou de ir para a escola e nunca teve dificuldade de adaptação. Acredito que a professora pode ter sido agressiva com ele quando o direcionou de volta”, acrescentou o pai.

Em resposta, a prefeitura alegou que as imagens das câmeras de segurança não podem ser fornecidas aos pais devido à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) e que estão disponíveis apenas mediante requisição de autoridade competente. A Secretaria de Educação justificou a necessidade de sigilo citando regulamentações sobre procedimentos investigativos relacionados a servidores públicos.

A família recebeu esclarecimentos da direção da escola e foi atendida pelo Serviço de Orientação Educacional, que ofereceu novos atendimentos e a troca de sala ou escola. A família, entretanto, optou pela baixa da matrícula em 3 de junho, insatisfeita com o tratamento recebido.

Este incidente alarmante destaca uma preocupante falta de supervisão e segurança nas escolas municipais, gerando indignação e preocupação entre os pais e a comunidade. É essencial que medidas rigorosas sejam implementadas para evitar que situações semelhantes aconteçam no futuro.