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As negociações entre o Sindicato dos Condutores do Vale do Paraíba e as empresas de transporte público para o reajuste salarial da categoria terminaram sem acordo. O impasse pode resultar em uma greve que afetará o transporte público em São José dos Campos, Jacareí e Taubaté.
A última reunião ocorreu na tarde de quarta-feira (3), em São José dos Campos, e terminou com a declaração do presidente do sindicato, Ronaldo Costa, de que as “negociações estão encerradas”. Segundo Costa, as empresas não avançaram na proposta apresentada na semana passada. Em resposta, o sindicato planeja mobilizações nas garagens das empresas nesta quinta-feira, embora tenha garantido que não haverá atrasos nas saídas dos ônibus nesta quinta e sexta-feira. A paralisação está prevista para começar a partir da próxima semana.
A proposta apresentada pela Busvale, que representa as empresas de ônibus, inclui um reajuste de 3,80% nos salários e 4% nos benefícios. No entanto, essa oferta está longe de atender às demandas da categoria, que busca um aumento real nos salários. Representantes da Busvale optaram por não comentar o impasse.
Na sexta-feira (5), está programada uma assembleia com motoristas e trabalhadores do transporte coletivo em dois horários: 10h e 15h. Nessa reunião, o estado de greve pode ser oficialmente declarado. Caso não se chegue a um acordo em até 72 horas após a assembleia, os ônibus podem parar, causando um grande transtorno para milhares de passageiros que dependem do transporte público na região.
O fracasso das negociações revela uma desconexão profunda entre as necessidades dos trabalhadores e a disposição das empresas em atender a essas demandas. Em um cenário de crescente inflação e aumento do custo de vida, a oferta de reajuste proposta pela Busvale é insuficiente para manter o poder de compra dos trabalhadores, que enfrentam diariamente as pressões financeiras e as exigências de um trabalho essencial para a comunidade.
A iminência de uma greve destaca a necessidade urgente de uma mediação mais eficaz e uma abordagem mais sensível por parte das empresas, que precisam reconhecer o valor e a importância dos trabalhadores do transporte público. Sem um compromisso genuíno em melhorar as condições salariais e de trabalho, a região corre o risco de enfrentar uma paralisação que impactará negativamente a economia local e a mobilidade urbana.