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Declarações Preconceituosas de Pastor sobre Autismo Geram Revolta nas Redes Sociais

Na última sexta-feira (12), o pastor Washington Almeida, da Assembleia de Deus de Tucuruí (PA), proferiu declarações lamentáveis e preconceituosas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) durante um culto. Suas palavras geraram indignação e revolta nas redes sociais.

O pastor afirmou aos fiéis que “em cada 100 crianças que nasce, nós temos um percentual gigantesco de pessoas em ventres visitadas e manipuladas pela escuridão. As crianças hoje, a cada 100, nós temos 30 de autistas, em vários graus”. Ele acrescentou: “O que está acontecendo? O diabo está visitando o ventre das desprotegidas, aqueles que não têm a graça, a instrumentalidade para saber lidar com o mundo espiritual. E ele só procura os vulneráveis, os desassistidos”.

Essas palavras, desprovidas de amor e respeito ao próximo, ecoaram negativamente nas redes sociais, expondo o preconceito e a desinformação do pastor sobre o autismo. Infelizmente, pessoas com TEA enfrentam não apenas o capacitismo – preconceito direcionado a pessoas com deficiência – mas também a ignorância e o estigma perpetuados por declarações como essas.

O autismo é uma condição neurológica complexa que afeta a comunicação, o comportamento e a interação social. Estudos científicos não associam o autismo a fatores sobrenaturais, mas sim a uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Comentários como os do pastor Washington Almeida contribuem para a perpetuação do preconceito e da desinformação, dificultando a inclusão e a aceitação das pessoas com TEA na sociedade.

É essencial que líderes religiosos e figuras públicas se eduquem sobre questões de saúde e neurodiversidade, promovendo mensagens de inclusão, empatia e respeito. A luta contra o capacitismo e o preconceito é contínua, e cada palavra proferida pode impactar positivamente ou negativamente a vida de milhões de pessoas.

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