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A partir do dia 12 de setembro, a Concessionária Tamoios, responsável pela administração da rodovia que liga São José dos Campos a Caraguatatuba, implementará uma nova medida que afeta diretamente os veículos comerciais. A partir dessa data, será cobrada tarifa sobre a totalidade dos eixos, suspensos ou não, de todos os caminhões que circularem carregados pela via. A mudança abrange as duas praças de pedágio da rodovia, localizadas em Jambeiro e Paraibuna, e promete impactar significativamente o transporte de mercadorias na região.
A justificativa da concessionária é que a conferência das cargas será realizada por meio de inspeção visual nos reboques abertos, e, quando essa checagem não for possível, o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) será utilizado. O sistema é automático e envolve o uso de câmeras inteligentes que verificam a placa do veículo e informam sobre a situação fiscal. Se o MDF-e estiver em aberto, o motorista será cobrado pela totalidade dos eixos, mesmo que alguns estejam suspensos e não em contato com o solo.
A medida, que visa padronizar a cobrança, já está gerando críticas por parte de caminhoneiros e empresas de transporte. Para muitos, essa nova política onera ainda mais um setor que já enfrenta altos custos operacionais com combustível, manutenção e tributos. A cobrança sobre eixos suspensos é vista como uma penalização injusta, uma vez que, nesses casos, não há desgaste do asfalto e o consumo de combustível é reduzido, tornando a cobrança sobre a totalidade dos eixos desproporcional ao impacto causado na via.
Além disso, há preocupações sobre possíveis falhas no sistema automatizado de leitura das placas e verificação dos documentos fiscais. Motoristas temem que erros na leitura ou no processamento do MDF-e possam resultar em cobranças indevidas, aumentando o tempo de espera nas praças de pedágio e gerando transtornos no trânsito.
Embora a concessionária defenda que a medida trará maior eficiência ao processo de cobrança, o impacto negativo sobre os custos de transporte pode repercutir nos preços dos produtos transportados pela rodovia, gerando um efeito cascata que atinge desde grandes empresas até o consumidor final.
A decisão reforça a necessidade de um debate mais amplo sobre o modelo de pedágios no Brasil e seus efeitos sobre a logística e a economia, especialmente em momentos de recuperação econômica e alta nos custos de vida.