Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:
O Ministério de Minas e Energia confirmou que o governo está analisando a possibilidade de retomar o horário de verão, medida extinta em 2019. O debate ocorre em um momento delicado para o setor energético, com níveis críticos nos reservatórios das usinas hidrelétricas devido à estiagem prolongada e ao aumento das temperaturas. Em resposta a esse cenário, o governo ativou, em setembro, a bandeira vermelha nível 2, o que gerou aumento nas tarifas de energia elétrica.
Embora a medida deva ter uma base técnica, também há um forte componente político, já que o tema divide a opinião pública. No passado, o horário de verão era adotado como uma forma de reduzir o consumo de energia elétrica, aproveitando a luz natural até mais tarde. No entanto, especialistas questionam a eficácia desse modelo atualmente. O aumento do uso de aparelhos de ar condicionado durante o dia, principalmente em estabelecimentos comerciais, deslocou o pico de consumo de energia para horários que o horário de verão não consegue aliviar.
Por outro lado, o retorno da medida tem o apoio de setores econômicos, como bares e restaurantes, que apontam para o impacto positivo no comércio. Segundo essas entidades, a extensão do período de luz solar estimula as pessoas a ficarem mais tempo nas ruas, o que impulsiona o movimento nos estabelecimentos e aquece a economia local.
Enquanto o governo estuda os prós e contras, a população permanece dividida. Para alguns, o horário de verão representa um sacrifício ao ritmo biológico, impactando negativamente a saúde. Já para outros, ele é uma estratégia eficiente para enfrentar a atual crise energética e fomentar a economia.