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Decisão do INSS de retomar perícia presencial pode agravar filas e prejudicar segurados

A recente decisão do INSS de exigir perícia presencial para a concessão de auxílio-doença levanta preocupações sobre o impacto na vida dos segurados e no sistema de atendimento. A mudança, motivada pelo aumento nas solicitações por meio do Atestmed — o sistema online criado para evitar filas e pagamentos retroativos —, parece um retrocesso, considerando o objetivo original de simplificar o processo e agilizar os atendimentos.

Embora o INSS justifique a medida como necessária para ajustes no sistema, a exigência de perícia presencial prejudicará, sobretudo, segurados com doenças osteomusculares, como dorsalgia, e aqueles que se encontram desempregados ou são segurados facultativos. Estes grupos, muitas vezes, já enfrentam dificuldades econômicas e problemas de mobilidade, tornando a obrigatoriedade de uma perícia presencial mais um obstáculo em suas jornadas.

O Ministério da Previdência divulgou que as dores nas costas, em especial a dorsalgia, lideraram as concessões de auxílio-doença no último ano. Isso evidencia a alta demanda por atendimentos nessa área e levanta a questão: o sistema está preparado para lidar com o volume de pedidos de perícia presencial sem que as filas, que já foram um problema, voltem a se formar? Além disso, será que a exigência de perícia não vai sobrecarregar ainda mais os postos de atendimento?

A decisão de abandonar o Atestmed parece contraditória ao próprio propósito da modernização digital que o INSS vem tentando implementar. A medida pode não apenas gerar atrasos, mas também prejudicar segurados que, por razões de saúde ou financeiras, dependem de uma resposta rápida e de um processo simplificado.

Ao invés de voltar à exigência de perícia presencial, o INSS deveria focar em aprimorar o sistema online e garantir a segurança e eficiência das concessões, sem penalizar os que mais precisam.

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