O déficit da Previdência Social voltou a crescer em setembro, atingindo R$ 26,2 bilhões, um aumento de quase 20% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados do Ministério da Previdência. Esse salto nas despesas previdenciárias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) evidencia uma fragilidade no sistema, em que os gastos com aposentadorias e pensões superam a arrecadação necessária para mantê-los.

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, o déficit previdenciário já chega a R$ 266 bilhões, um acréscimo de 3,1% em relação ao ano passado. O cenário agrava o desafio fiscal do governo federal, que luta para equilibrar as contas públicas enquanto enfrenta limitações de arrecadação e a pressão crescente dos gastos com seguridade social.

Economistas apontam que o aumento do déficit previdenciário, combinado ao envelhecimento populacional, exige reformas estruturais para garantir a sustentabilidade do sistema. Contudo, as soluções propostas enfrentam resistência, tanto entre especialistas como na sociedade, tornando o equilíbrio previdenciário uma das questões mais complexas para o futuro econômico do país.