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A inflação no Brasil segue em trajetória ascendente e deve alcançar 4,64% em 2024, de acordo com a mais recente estimativa do Banco Central. A projeção foi elaborada a partir de consultas às principais instituições financeiras do país e marca o sétimo aumento consecutivo no índice esperado.
O dado preocupa o governo, já que ultrapassa a meta de 3% estipulada pelo Ministério da Fazenda e excede até o teto da margem de tolerância, fixado em 4,5%. Esse cenário pode levar a novos ajustes na taxa Selic, atualmente em 11,25%.
Especialistas do mercado financeiro preveem que a taxa básica de juros poderá subir mais 0,5 ponto percentual, alcançando 11,75% no próximo ano. A elevação dos juros é uma ferramenta usada pelo Banco Central para conter a inflação, ao reduzir o acesso ao crédito e desestimular o consumo.
Embora essa estratégia possa ajudar a controlar os preços, também impacta negativamente os cidadãos, dificultando o financiamento de imóveis, veículos e outras compras. O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá no próximo mês para avaliar os próximos passos diante desse cenário desafiador.