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O crescimento vertiginoso das plataformas de apostas online no Brasil está expondo falhas regulatórias e gerando impactos alarmantes na economia e no tecido social do país.
Desde a autorização da Lei Federal 13.756 em 2018, o setor das bets se consolidou como uma máquina bilionária. No entanto, enquanto empresas lucram, o varejo nacional amarga prejuízos colossais: apenas em 2024, cerca de R$ 103 bilhões deixaram de circular no comércio devido ao desvio de recursos para essas plataformas, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC).
O problema vai além da economia. Com um volume de R$ 240 bilhões gastos pelos brasileiros em apostas no último ano, os efeitos colaterais são devastadores. Um milhão e oitocentas mil pessoas ingressaram na inadimplência, muitas delas empurradas por promessas ilusórias de enriquecimento rápido. As famílias com renda entre 3 e 5 salários mínimos são as mais prejudicadas, frequentemente comprometendo parcelas significativas de seus orçamentos em jogos de azar.
Especialistas alertam que o vício em apostas online está criando um ciclo vicioso. Além de comprometer a saúde financeira dos consumidores, promove um abismo social, agravando desigualdades e pressionando ainda mais os setores vulneráveis da sociedade.
Um chamado à responsabilidade:
É urgente que o governo e órgãos reguladores revisem as normas que regem o setor de apostas no Brasil. Medidas como taxação efetiva, controle mais rigoroso sobre a publicidade e o oferecimento de suporte psicológico para viciados em jogos precisam ser implementadas com urgência.
A passividade diante de um problema tão abrangente não é apenas uma falha política, mas um retrocesso social. O Brasil não pode continuar permitindo que uma indústria se expanda às custas da dignidade e estabilidade financeira de sua população.