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O preço do leite voltou a subir, atingindo o valor de R$ 2,71 por litro pago ao pecuarista em maio, conforme pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Esse aumento de 10% em relação ao mês anterior já reflete nos preços dos supermercados, sobrecarregando ainda mais o bolso dos consumidores.
Essa é a sétima alta consecutiva, encerrando uma fase de alívio nos preços que prevalecia até outubro do ano passado, quando a oferta aumentada pelas importações e produção local reduzia os custos. No entanto, desde novembro, problemas climáticos têm reconfigurado o cenário. Chuvas excessivas em algumas regiões e períodos de seca em outras impediram o desenvolvimento adequado do pasto, afetando a alimentação do rebanho e resultando na queda da produção de leite.
A situação piora durante o inverno, época tradicionalmente seca, quando os pastos deterioram ainda mais. Criadores de gado, para manter a produção, precisam investir mais em ração, um custo que invariavelmente é repassado ao consumidor final. Este aumento nas despesas, somado à falta de investimentos na pecuária devido aos baixos preços no ano passado, contribui para a redução da oferta e a escalada nos preços.
É evidente que o consumidor está pagando o preço dessas adversidades, não apenas pelas condições climáticas, mas também pela falta de políticas eficazes que poderiam mitigar esses impactos. O aumento contínuo do leite não é apenas uma questão de mercado; é um reflexo de uma cadeia produtiva fragilizada, onde a falta de planejamento e suporte adequado para os pecuaristas resulta em custos que o consumidor não deveria suportar sozinho.
Se medidas não forem tomadas para estabilizar essa situação, como incentivos à produção e investimentos em tecnologias que ajudem a mitigar os efeitos climáticos, a tendência é que os preços continuem subindo, agravando ainda mais o cenário econômico das famílias brasileiras.