O IBGE divulgou na semana passada o índice oficial da inflação do mês de janeiro.

No primeiro mês de 2023, o IPCA subiu 0,53%. Foi o quarto mês seguido de alta do indicador.

Com o resultado, a inflação acumulada em 12 meses beira 6%.

Para muitos brasileiros, no entanto, os índices atualizados mensalmente pelo IBGE acabam sendo um pouco vagos… O sentido mesmo de cada alta é percebido no momento de pagar pelos serviços e produtos consumidos no dia a dia.

E se tem um lugar onde o consumidor tem sentido a inflação é no supermercado. No mês passado, entre os 50 itens que mais subiram, de todos os que são monitorados pelo IBGE, 41 pertencem ao grupo de Alimentação e Bebidas.

No topo da lista está a abobrinha: individualmente, foi o item que mais encareceu: ficou 44% mais cara em janeiro.

Em segundo, aparece a cenoura, com alta de 17,5% e, logo em seguida, o morango, que encareceu praticamente 16,5% no mês passado.

Os preços da tangerina, batata-inglesa, couve-flor, peixe-filhote e peixe-tainha, açaí, laranja-baía, melancia e brócolis também subiram mais de 10%.

Aliás, apenas um item que registrou alta acima desse patamar não pertence ao grupo de Alimentação e Bebidas: foi a TV por assinatura, que faz parte do grupo Comunicação e teve alta próxima a 12%.

No mês passado, o consumidor também percebeu que o preço de alguns itens caiu – o que representa um certo alívio para o orçamento.

Entre os 50 itens que mais recuaram, 28 são do grupo Alimentação e Bebidas, incluindo os dois primeiros da lista: o limão, que registrou queda de 36,5% e a cebola, que ficou praticamente 22,7% mais barata.

O terceiro recuo individual mais significativo foi o do transporte por aplicativo, com queda de 17%.