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Um estudo alarmante realizado por pesquisadores da Universidade de Nottingham, na Inglaterra, aponta que o uso contínuo de paracetamol em idosos pode trazer graves riscos à saúde. Comumente utilizado para dores e febre, o medicamento, quando administrado em doses repetidas, está associado a um aumento significativo de complicações gastrointestinais, cardiovasculares e renais nessa faixa etária.
A pesquisa analisou os registros médicos de mais de 180 mil idosos, com idade média de 75 anos, que fizeram uso frequente do analgésico. Os resultados foram comparados com os de mais de 400 mil pessoas da mesma faixa etária que não utilizaram o medicamento de forma prolongada. Os dados revelaram uma associação preocupante entre o consumo contínuo de paracetamol e um risco maior de úlceras gástricas, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e doenças renais crônicas.
Os especialistas destacaram que, embora o paracetamol seja amplamente considerado seguro, seu uso deve ser monitorado com cautela, especialmente em tratamentos para condições dolorosas crônicas, como a osteoartrite.
“É fundamental que médicos e pacientes avaliem juntos os riscos e benefícios antes de optar por tratamentos prolongados com o medicamento”, alertam os pesquisadores.
Este estudo reforça a importância de buscar alternativas terapêuticas e de realizar acompanhamento médico regular para evitar complicações que podem ser prevenidas.