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O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou mais um duro golpe contra aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A taxa máxima de juros dos empréstimos consignados subiu de 1,66% para 1,80% ao mês, sob a frágil justificativa de acompanhar a alta da Selic, que encerrou 2024 em 12,25% ao ano.
Essa decisão escancara a insensibilidade do governo e das instituições financeiras diante da realidade de milhões de brasileiros que dependem do benefício do INSS para sobreviver. Em vez de proteger uma das parcelas mais vulneráveis da população, o CNPS opta por favorecer bancos e financeiras, aumentando o endividamento dos idosos.
Os bancos alegam que o teto anterior de 1,66% inviabilizava as operações devido ao aumento da Selic. Mas a verdade é que essas instituições seguem obtendo lucros bilionários, enquanto aposentados enfrentam dificuldades para pagar contas básicas. O aumento da taxa representa mais uma armadilha financeira para quem já luta para equilibrar as contas em meio à inflação e à alta no custo de vida.
Para piorar, o governo mantém inalteradas as taxas abusivas de 2,46% ao mês para o cartão de crédito consignado, uma modalidade ainda mais perigosa por seus riscos de superendividamento. A omissão em revisar essas condições revela o descompromisso com a proteção social e reforça o ciclo de exploração financeira.
Enquanto decisões como essa são tomadas em gabinetes, milhões de idosos sentem o peso das escolhas políticas que privilegiam o lucro em detrimento do bem-estar social. É urgente repensar essa política de crédito, priorizando alternativas sustentáveis e justas para aposentados e pensionistas.
O aumento dos juros do consignado é mais uma evidência de um sistema que abandona quem mais precisa. O governo deve ser cobrado a rever essa medida e a adotar políticas que protejam a dignidade dos beneficiários do INSS.