O Banco Central do Brasil atualizou sua projeção de inflação para 4,22% neste ano, resultado de uma pesquisa com as principais instituições financeiras do país. Esse novo cenário acende um sinal de alerta para o governo, que pode ver a necessidade de elevar a taxa básica de juros, a Selic, como uma medida de controle.

Nas últimas semanas, o Banco Central tem ajustado para cima as expectativas de inflação, o que coloca a atual projeção acima da meta estabelecida pelo Ministério da Fazenda, que é de 3%, e próxima ao limite superior de 4,5%. Com a inflação pressionada, aumentar os juros torna-se uma estratégia viável, uma vez que isso tende a reduzir o acesso ao crédito por empresas e consumidores, freando o consumo e, consequentemente, o aumento dos preços.

Como parte das ações para assegurar o cumprimento da meta inflacionária, o Banco Central pode realizar novos ajustes na Selic ao longo do ano. Além disso, o órgão revisou para cima a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que deve registrar um avanço de 2,23% em 2024, refletindo um desempenho econômico mais robusto do que o esperado anteriormente.