Um levantamento realizado em 27 hospitais públicos e filantrópicos revelou um aumento de 27,6% nas internações por doenças respiratórias no período de janeiro a agosto deste ano, em comparação com o mesmo intervalo de 2023. Esse crescimento gerou um impacto significativo nos custos operacionais das unidades de saúde, somando R$ 11 milhões a mais em despesas.

Para enfrentar essa pressão financeira, os hospitais estão intensificando campanhas de prevenção, como a vacinação contra doenças respiratórias, a fim de reduzir o número de internações.

De acordo com o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz, a alta nas internações está relacionada ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), associada a infecções por covid-19 e rinovírus, além de um aumento nos casos de influenza A em estados como o Rio Grande do Sul.

A crise climática, com secas severas e a fumaça das queimadas, também é apontada como um fator que agrava o cenário das doenças respiratórias. A poluição elevou os níveis de contaminação do ar, levando São Paulo a registrar, em alguns dias, a pior qualidade de ar do mundo.