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Uma ameaça mortal pode estar circulando pelas ruas e rodovias brasileiras: mais de 1,8 milhão de veículos no país ainda possuem airbags defeituosos da fabricante japonesa Takata. Mesmo após quase 12 anos do início do maior recall da história da indústria automobilística, milhares de motoristas estão literalmente sentados em cima de um perigo iminente.
O problema, que já causou ferimentos graves e mortes ao redor do mundo, está no insuflador do airbag, uma peça metálica que contém o gás necessário para inflar a bolsa em caso de colisão. Por um erro de fabricação, o dispositivo pode explodir com força excessiva, lançando fragmentos metálicos como projéteis dentro do veículo. O resultado? Cortes, perfurações e, em alguns casos, tragédias fatais.
Desde 2013, cerca de 4,96 milhões de veículos foram convocados para reparo no Brasil. Embora 73% tenham sido corrigidos, quase 2 milhões de carros continuam rodando com o dispositivo mortal, representando um grave risco para motoristas, passageiros e até pedestres.
Entre as montadoras envolvidas estão grandes nomes como Toyota, Honda, Volkswagen, Renault e Ford. Mesmo com a ampla divulgação da campanha de recall, milhares de proprietários ainda desconhecem o perigo ou ignoram os avisos.
“É uma questão de segurança pública. Esses veículos não deveriam estar circulando”, alerta Ricardo Almeida, especialista em segurança automotiva. Ele ainda reforça que, em caso de acidente, o airbag pode transformar um mecanismo de proteção em uma armadilha mortal.
O recall, que afeta globalmente mais de 100 milhões de veículos, é gratuito e pode ser consultado pelo número do chassi ou placa no site do Ministério da Justiça. A recomendação é clara: se o seu veículo estiver na lista, leve-o imediatamente para o reparo.
O risco não é apenas estatístico. A negligência em realizar o recall transforma cada um desses veículos em potenciais protagonistas de novas tragédias. A segurança no trânsito já é um desafio no Brasil; não precisamos de mais bombas-relógio nas ruas.