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Um novo levantamento aponta que as mensalidades das escolas particulares no Brasil devem subir entre 8% e 10% em 2025, um aumento muito acima da inflação projetada de 4,37%, conforme o Boletim Focus do Banco Central. A pesquisa, realizada com 680 instituições de ensino em todo o país, revela que estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro estão entre os que terão os reajustes mais elevados.
Embora as escolas argumentem que o aumento é uma tentativa de recuperar perdas sofridas durante a pandemia, como a queda no número de matrículas e o crescimento da inadimplência, a justificativa não diminui o impacto financeiro para muitas famílias. O cenário reflete uma tendência preocupante de que o custo da educação privada se afasta cada vez mais da realidade econômica de grande parte da população.
Com o aumento bem superior à inflação, muitas famílias poderão enfrentar dificuldades para manter seus filhos matriculados nas instituições de ensino, especialmente em um contexto de recuperação econômica lenta e crescente desigualdade. Enquanto isso, a justificativa das escolas para os reajustes, que inclui os descontos concedidos durante o período pandêmico, parece desconsiderar a realidade financeira das famílias, que também sofreram perdas e enfrentam orçamentos apertados.
Esse desequilíbrio entre o reajuste das mensalidades e a inflação indica que o acesso à educação privada, que já é elitizado, pode se tornar ainda mais restrito, ampliando a exclusão educacional em um país onde a educação pública ainda enfrenta muitos desafios de qualidade e infraestrutura.