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A partir de fevereiro, abastecer com gasolina e diesel vai ficar ainda mais caro. O motivo? O aumento da alíquota do ICMS, imposto estadual que incide sobre os combustíveis.
Os preços sofrerão reajustes com base na cotação internacional, mas o fator que mais pesa no bolso do consumidor é a mudança na forma de cálculo do ICMS. A alíquota sobre a gasolina subirá para 7,1%, enquanto o diesel terá um aumento para 5,3%.
Diferentemente do que muitos podem pensar, esse aumento não tem relação direta com a Petrobras. Ele decorre de uma lei complementar aprovada em 2022, que estabeleceu um novo modelo de cobrança do ICMS. Antes, cada estado calculava o imposto trimestralmente com base no preço médio do período anterior. Agora, o imposto passou a ter um valor fixo por litro, unificado em todo o país.
Desde 2023, um cronograma progressivo foi estabelecido para restaurar as alíquotas. E agora, com a entrada em vigor da nova fase desse ajuste, o impacto será sentido diretamente pelo consumidor: o litro da gasolina vai subir, em média, dez centavos, enquanto o diesel terá um acréscimo de seis centavos por litro.
Na prática, mais uma vez, a conta recai sobre os cidadãos, que já convivem com uma carga tributária sufocante. Os estados alegam que o reajuste é necessário para recompor arrecadação, mas o fato é que o brasileiro paga caro e recebe muito pouco em contrapartida. Infraestrutura precária, transporte público ineficiente e estradas esburacadas seguem como realidade, enquanto os impostos continuam subindo.
Resta ao consumidor torcer para que, pelo menos, o impacto do aumento não seja ainda maior nas bombas e não reverbere de forma intensa na inflação dos produtos e serviços. Mas uma coisa é certa: quem depende do carro para trabalhar ou se locomover vai sentir o peso dessa decisão no bolso.