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Mais uma tragédia marca o percurso de romeiros na rodovia Presidente Dutra. Na noite desta terça-feira (8), o aposentado Riberto Ferreira, de 65 anos, morreu atropelado enquanto seguia a pé para o Santuário Nacional de Aparecida. O acidente aconteceu no trecho de Pindamonhangaba, no quilômetro 99, e o motorista responsável ainda não foi identificado. O incidente expõe a insegurança enfrentada por peregrinos que utilizam a rodovia em suas jornadas de fé.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) destacou que o romeiro vestia roupas escuras, o que pode ter contribuído para a baixa visibilidade e o consequente atropelamento. Essa fatalidade, no entanto, não é um caso isolado: outro romeiro perdeu a vida em Santa Isabel, no mesmo dia, em um acidente semelhante. A crescente movimentação de pessoas na Dutra durante o mês de outubro, devido às celebrações religiosas, reforça a urgência de discutir medidas de segurança mais eficazes.
Apesar das recomendações da PRF para o uso de roupas claras e coletes refletivos, a realidade é que a rodovia não está preparada para acomodar a peregrinação. A própria polícia ressalta que a Dutra não foi projetada para esse tipo de deslocamento, evidenciando o alto risco a que os romeiros estão expostos. O caminho alternativo, conhecido como Rota da Luz, é apontado por especialistas como uma opção mais segura. Esse trajeto oferece melhores condições de segurança, passando por cidades como Mogi das Cruzes, Taubaté e Pindamonhangaba, porém, muitos romeiros ainda optam pela Dutra, aumentando as estatísticas trágicas.
Enquanto tragédias como essas continuam ocorrendo, fica evidente a necessidade de uma ação conjunta entre autoridades e organizadores das peregrinações para garantir a segurança dos devotos. Sem isso, a fé continuará sendo posta à prova de forma cruel na perigosa jornada pela Dutra.